domingo, 23 de outubro de 2011

ACTIVIDADES DIÁRIAS NO QUARTEL

Camarigos de Madina, hoje venho falar e postar umas fotos de situações que mesmo em plena selva e na guerra não ficavam esquecidas nem abandalhadas, tais como: o hastear da bandeira, a formatura para receber o pré ou pagar, como era o caso de quase todos os furriéis, o serviço diário ao quartel que era assegurado por um pelotão.
O pelotão que diariamente estava de serviço tinha várias tarefas ao longo do dia e noite. Às 09H00 uma secção, fardada e armada a rigor, enquadrada por um 1ºcabo e assistida por um furriel, procedia ao hastear da Bandeira Nacional e ao pôr do sol era arriada com todas as honras militares.









(formatura do içar da bandeira e pedestal da Bandeira Nacional)









O trabalho ia-se desenvolvendo ao longo do dia fazendo a limpeza às instalações com a recolha e transporte do lixo. Na cozinha também era solicitada ajuda e com todo o gosto se descascavam as batatas, quando havia.
Outro dos deveres do pelotão de serviço era ir à procura de lenha para fazer a comida e aquecer o forno do padeiro.

( secção preparada para o abate dos arbustos)

A lenha era serrada com um serrote, já sem dentes e cortada com um machado que já só cortava "sombra das paredes". O transporte era feito por um unimog com atrelado.





( furriel Monteiro - manhiça - na selva e sem medo a ver cortar a lenha)







Há noite o pelotão de serviço, tinha de dormir na escola que ficava dentro do perímetro do quartel e ali montar postos de vigia toda a noite. De manhã pelas 5/6 horas lá vínhamos para as casernas, com as mantas às costas, mas antes passávamos pelos padeiros e lá nos davam um casqueiro, acabado de sair do forno, que depois de bem barrado com manteiga era comido como um manjar, juntamente com umas boas canecas de café que os cozinheiros nos dispensavam. Ficávamos bem reconfortados e quando fazia frio era bom de mais. Nesta altura não perdíamos vislumbrar o horizonte e assistir ao espectáculo lindíssimo do nascer do sol.

Depois do estômago aconchegado, ou se ia dormir, escrever ou preparar para ir até Nova Lamego dar umas voltas e beber uns copos.
As fotos do içar da Bandeira foram cedidas pelo Sousa (padeiro) a quem agradecemos . Um abraço Monteiro (Manhiça)

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