sexta-feira, 11 de novembro de 2011

AO NOSSO CAPITÃO E SEUS ALFERES

Camarigos de Madina, existem momentos das nossas vidas de "VELHOS COMBATENTES" em que vamos ao fundo do baú das nossas recordações e damos inicio ao filme de toda uma vivência, que de tão intensa e real, que por vezes pensamos ter sido fugaz e ocasional, mas analisando bem, reparamos com toda a certeza que há pessoas que se cruzaram nas nossas vidas e que não é por acaso que ainda lá permanecem e continuarão para sempre.
Depois de fisicamente ficarem as recordações do que foi principalmente o motivo e consequências dessa vivência, damos por nós a vasculharmos nesse filme o que de bom se passou, pois as coisas boas são sempre mais céleres a surgirem à nossa mente, e uma delas que recordamos foi e é ter tido como comandante da nossa 1ª Companhia o Zé Luis.
Como compreenderão, quando se fala de um amigo, podemos ser acusados de dizer loas e mentiras das pessoas de quem falamos, mas do Capitão não porque era, é e será um homem de bem que desde a 1ª hora que nos conhecemos em Penafiel, ficou patente que para ele a " AMIZADE QUE SE DISPÔS A DAR-NOS, ERA MAIS DO QUE UM SIMPLES SENTIMENTO".

Quem de nós não se lembra com carinho e orgulho o "miminho" que ele tinha ao pessoal do bi-grupo que regressava ao quartel depois de ter feito uma operação, lá para as bandas de Batanklim, Paunto, Camidina, Iromaro, etc.. a recebermos e a dar as boas vindas lá estava o nosso Capitão enquanto que era distribuído a todos os combatentes uma sande de chouriço e uma cerveja fresquinha. Este gesto simpático e muito humano era do agrado de todos. Aliás, convém lembrar que este "lanche" era pago com o seu próprio dinheiro.
(Capitão Zé Luís e o Alferes Teixeira)

Com o Zé Luís (Capitão), criámos um corpo de amizade e união assim como com os seus subalternos os Alf.Mil. Mendonça, Teixeira, Baptista, Barbosa e o já falecido Monteiro, que após estes anos todos ainda perduram e como dizemos "amigos são como uma família cujos indivíduos os escolhemos à vontade e ele Escolheu-nos". Obrigado pela deferência Capitão.


(Alferes Mendonça de chapéu vermelho e na foto da direita o Alferes Baptista)

Um dos episódios que ficou na retina em todos os que a sentiram e presenciaram, foi a despedida no aeroporto de Bissau aquando do nosso regresso (o Capitão teve que ficar mais uns dias na Guiné), assim como na chegada ao Aeroporto de Lisboa onde estava à nossa espera o seu irmão que fez a entrega, a cada um de nós, de uma camisola - tinha que ser verde - e um cinzeiro com o símbolo da companhia "OS LEÕES DE MADINA MANDINGA".




(cinzeiro e t-shirt religiosamente guardada pelo Fur. Monteiro)







Para que existisse toda esta empatia no nosso grupo, muito contribuiu a nossa postura, maneira de ser e estar, pois nunca lhe foram colocados grandes problemas, tanto disciplinares como de convivência e é por isso que todos os anos nos nossos convívios olhamos os rostos dos nossos companheiros e amigos de Madina e vemos nos seus olhares aquela CHAMA que sempre nos acompanhou e que ainda hoje se mantém e que nos diz que nós - LEÕES DE MADINA MANDINGA NÃO TEMOS IDADE, TEMOS VIDA.
Camarigos, este é o maior tributo que podemos dar ao nosso líder e comandante

- Capitão Milº. José Luís Borges Rodrigues (eng.)
e também aos seus oficiais subalternos
- Alferes Milº. Alexandre Elvio Leme Mendonça - Adjunto e Comandante 1º. Pelotão
- Alferes Milº. Carlos A. Milheiro Folgado Teixeira (dr.) - Comandante 3º. Pelotão
- Alferes Milº. Carlos Florival Geraldo Monteiro (falecido) - Comandante 4º. Pelotão
- Alferes Milº. Miguel Lopes Baptista (rendição individual) - Comandante 2º. Pelotão
- Alferes Milº. António Manuel Silva Barbosa (em reforço)

porque: A VIDA SÓ PODE SER COMPREENDIDA, OLHANDO-SE PARA TRÁS; MAS SÓ PODE SER VIVIDA OLHANDO-SE PARA A FRENTE.
Por tudo um bem haja e do coração um forte abraço de todos os seus 108 soldados, 39 1ºs. cabos, 14 furriéis, 2 sargentos, 5 alferes que formamos a 1ª Companhia e de que todos nos orgulhamos. Um aplauso unânime de todos nós.

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