quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Comentário aos vídeos-Recordar Madina


No tempo contemporâneo, do séc. XXI, é sempre saudável ver, ouvir, ler e admirar temáticas que testemunham no presente, uma realidade vivida no passado.
A construção dos vídeos, realizados a partir de fotografias a preto e a cores, merecem uma cuidada e merecida atenção, não só pelo trabalho de reconstituição de um passado, que no presente nos aviva a saudade dos tempos, relativo aos anos de 1973/1974, mas também, pelo facto de alimentar a memória de cada um.
Ao visionar o blogue, Leões de Madina Madina, foi para mim uma surpresa imensa, rever e relembrar à minha memória, coisas e factos reais que, sem querermos, passamos de imediato a um relato a dois, isto é, “a pessoa que visiona, e a conversa/diálogo inesperado de inquiridor e de admiração”.
Neste diálogo a dois “O Eu, visionador, e o vídeo”, coloca de imediato muitíssimas coisas no nosso arquivo memorial, palavras e conversas que se prolongam num infinito de páginas que merece a nossa história.
Não pretendo comentar os vídeos já realizados, apenas dizer que, só o trabalho lá colocado é um sinal de apreço de ver continuado um empenho do amigo Manuel Monteiro, fazendo lembrar aos que visitam o blogue, que poderão enriquecê-lo mais e melhor, contribuindo com algum material que tenham em registo fotográfico, que na altura era considerado de foro pessoal,  e que de momento poderiam a título de devolução, mostrar e emprestar, aquilo que pode de alguma forma complementar o trabalho do nosso historial.
Decerto que, ao visionar, a nossa sensibilidade apela de imediato aos sons dos lugares, tatuam a nossa memória de forma persistente.
Ainda, precisamos de ver, para relembrar os lugares que pisamos, o chão térreo que alimentou frondosos arvoredos que nos permitiram sentir no corpo e no espírito, alguma frescura enquanto durava algum descanso apetecido, carregado de silêncio, como era da praxe.
Os cheiros, as paisagens dos mais variados verdes e tons quentes carregados de humidade geográfica. Quem não os tem ainda?!........
Os descampados de clareiras abertas, misturavam naturalmente as suas cores de paisagens livres, mas perigosas às nossas vidas humanas.
A camaradagem, que envolve os mais variados cenários, refletem naturalmente alguma tranquilidade, enquanto descontraídos buscava-mos aquilo que era necessário e importante para a sobrevivência diária. A busca e o corte da lenha!... Quem não se lembra?!..
No meio do mato, o silêncio, a composição das personagens em segurança, enquanto outros, com plena confiança executavam com precaução as suas funções.
Na segurança, os olhares mediam a ansiedade do tempo em terminar as tarefas.
Uma visualização atenta nos vídeos em apreço, faz-nos descobrir tantas coisas que andaram ocultas, e fora dos olhares, quiçá, o sentimento com que muitas daquelas recordações foram realizadas para memória presente no passado, e no presente, o passado revivido de forma atraente para recordar o nosso tempo militar, que criou laços de amizade que hoje continuam retratados de memórias que servirão de miragens e mensagens aos nossos filhos e suas gerações futuras.
Ao amigo Manuel Monteiro, o meu reconhecido obrigado e apreço pelo trabalho realizado, que é sempre um momento salutar à minha memória.
É também, muitas vezes, um momento novo à minha sensibilidade, e naquele passado, reconhecer um presente passado.
Obrigado pelo trabalho já exposto, o qual é um contributo indispensável à memória daqueles com quem convivemos durante algum tempo, mas que, o condicionamento de tempo na altura, e de forma geral, não permitiu coisas melhores, um maior conhecimento na relação interpessoal.

Um Abraço amigo, José Graça Gaipo
Famalicão: Janº 2015

1 comentário:

  1. Quero deixar um abraço ao Gaipo pelas palavras elogiosas que fez ao meu trabalho, mas isto não é mais do que o corolário daquilo que eu aprendi com todos vocês na nossa convivência em Madina assim como nos nossos convivios, e em especial contigo Gaipo, um abraço e obrigado,

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