segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O INVERNO


NO INVERNO,
SE O SOL LÁ ESTÁ,
TEMOS A CERTEZA
DE QUE ELE
NA AURORA
NASCERÁ.
 
O equinócio do inverno, é um tempo curto da luz solar, tornando os dias mais pequenos e a noite longa. É um tempo, em que os homens renovam os seus hábitos sociais, escolhendo no vestuário, os agasalhos mais adaptados à sua sobrevivência diária e conveniência corporal, em harmonia com o extracto social a que a vida contemporânea exige, no sentido de proporcionar o bem-estar, a amizade, onde as conversas ao calor ameno das lareiras acesas, assentam o que de mais concreto se passa no labor diário.
Contemplando ou visionando o pano de fundo as imagens que nos revelam o estado da natureza, que, após o Outono, desnudam das folhagens, os troncos dos arvoredos, deixando-os adormecidos, recriando e temperando forças, para assim deixarem passar com maior fluência, os poros abertos para o novo ar e oxigénio, lubrificarem os espaços velhos onde tomam lugar os novos rebentos da criação esperançada, abrindo ao sol da cada manhã o colorido da sua beleza natural, abrindo caminhos aos moradores e exploradores da nova primavera que floresce em cada ano, “(aniversário)”.
A vida dos tempos e dos equinócios também são mutáveis, aceitando as renovações de vida sem que se criem distúrbios. Cada rebento tem o seu lugar próprio não descaracterizando a harmonia dos espaços e canteiros, que embelezam e ornamentam de forma singela o olhar dos humanos.
Em cada manhã, renasce a luz e o dia, e com o dia, renasce a natureza com o sol a descrever a curva luminosa da casta madrugada. Assim, é a vida do homem, que sonha sempre com o acordar de um tempo novo, porque a esperança é a certeza dentro de nós. Algo nascerá no momento próprio. 
Ponta Delgada – Açores 
Anno Domino,  Janeiro de 2017.

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